O QUADRO PRÉ-ELEITORAL NO RIO-CAPITAL!
César Maia faz análise em seu ex-blog sobre pesquisa política feita no Rio para a eleição a prefeito do ano que vem. Independente das impressões que se possa ter de Cesar, ele é um excelente analista político e isto é seu hobby e atividade favorita, para a qual ele conta com um staff de peso e uma experiência que lhe tarimba para emitir projeções quase sempre precisas. Inclusive ele previu, mesmo que não assumidamente, sua derrota ano passado."1. Este Ex-Blog teve acesso a uma Pesquisa GPP realizada no último fim de semana de outubro e que, tradicionalmente, abre uma série de pesquisas até o dia da eleição. A principal conclusão da pesquisa é que teremos -inexoravelmente- uma eleição com segundo turno no Rio. E mais: com uma convergência progressiva entre o candidato à reeleição e os demais, o que pode, até, colocar em risco a ida ao segundo turno do prefeito/candidato à reeleição. Na alternativa de intenção de voto que mostra a condição plena das candidaturas, ele tem 32% das intenções de voto.
2. Em seguida, se pergunta por que o escolheu. 22,5% não sabem dizer por quê. Ou seja, escolhe o nome porque há uma lembrança de matérias na imprensa. Fazendo a correção, suprimindo esses 22,5% dos que marcaram essa intenção de voto, ele desce para 25% das intenções de voto. Assim mesmo, 45% das razões de voto são difusas, do tipo: "vai bem, estou satisfeito, é o menos pior, única opção, simpatiza com ele..."
3. A avaliação do prefeito e do governador estão no mesmo patamar: 35% x 20%. Em relação ao prefeito, essa avaliação é a mesma do Datafolha no final de 2010. Em relação ao governador, há uma queda de 20 pontos em relação ao Datafolha do final de 2010, provavelmente em função do movimento dos Bombeiros, dos fatos explicitados na tragédia do helicóptero, do recrudescimento dos assaltos, do abandono da saúde, da rejeição dos servidores... Na disjuntiva aprova x desaprova/não sabe, há uma divisão de metade a metade. E na pergunta –por que aprova- 29,4% não sabem dizer por que, retornando ao patamar dos 35% de avaliação com este ajuste.
4. São 32% os que dizem que vai pior do que esperavam. 26,6% dizem que vai melhor. 31,5% igual e 9,9% não sabem. Ajustando os 31,5% pelo cruzamento com intenção de voto, são 42% os que dizem que vai pior.
5. A resposta que mais impressiona na pesquisa é a pergunta: "Qual a maior realização do prefeito Eduardo Paes até o momento?", 41% dizem 'não sabem', e 19,9% dizem 'nenhuma', num total de 60,9%. Ou seja: o enorme gasto em publicidade e a ampla cobertura de imprensa não têm produzido resultados esperados. A primeira resposta efetiva alcança 6% e, assim mesmo, essa soma é pulverizada em obras diversas. Para se ter uma ideia, as 'Obras para a Copa e as Olimpíadas' têm apenas 1% de respostas. Em seguida vem UPA, com 5,9% e UPP, com 4,5%. Mais abaixo, Choque de Ordem com 1,6%. Sobre a maior decepção com o prefeito, 20% dizem ser com a área de Saúde.
6. As avaliações das funções de responsabilidade do prefeito, citando o nome do mesmo, mostram notas em geral de regular a ruim. As notas de 0 a 3 para Obras de Urbanização somam 26,1. Pavimentação 31% de 0 a 3. Conservação 26,7% \ Ordem Urbana 25,5% \ Transporte 33,9% \ Educação 40,1% \ Apoio ao Funcionário Público 30,6% (com apenas 17,7% de notas 7 a 10). \ Trânsito 42% \ Saúde 54,5% de notas de 0 a 3.
7. Sobre os benefícios que esperava da aliança com Cabral, Lula e Dilma, 47,2% responderam Sim e 42,1% responderam Não.
8. São 16,4% os que dizem que já receberam multas de trânsito, sendo 21,9% na Zona Sul\Barra. Entre os que receberam multas de trânsito, o cruzamento com intenção de voto leva o prefeito dos 32% para 23,8%. São 59,2% os que dizem ser usuários de hospitais públicos e 33,6% das escolas públicas (sem definir em que nível).
9. Nos cruzamentos, a intenção de voto ao prefeito cai entre os de maior renda e nível superior, na Zona Sul\Barra, na região Centro\S. Teresa\Tijuca\Vila Isabel e na Zona Oeste. E, naturalmente, cresce a intenção de voto nos demais.
10. Com apenas um ator no palco, com enorme publicidade, com amplo apoio e cobertura da imprensa, esses números permitem concluir que nem a ida ao segundo turno do atual prefeito está garantida. Depende da performance em campanha dos demais."
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