Greve dos bancários espalha-se pelo país
Notícias da greve:PRIMEIRA VITÓRIA DA GREVE
BANCÁRIOS VENCEM O BRADESCO NA JUSTIÇA.
Agências do Bradesco vazias e fechadas. A vitória judicial do Sindicato contra os interditos proibitórios fortalecem a greve
Primeiro foi o Itaú Unibanco. Agora, também, o Bradesco teve o seu pedido de concessão de interdito proibitório negado pela Justiça, em mais uma vitória do Departamento jurídico do Sindicato. A decisão foi do juiz Marcel da Costa Roman Bispo, da 22ª Vara do Trabalho, que não atendeu ao banco frisando que “a greve é um direito constitucionalmente assegurado, o que implica, por definição, a garantia de meios de convencimento dos membros da categoria” que porventura não aderirem.
Além de lembrar que a greve dos bancários é legal e legítima, o magistrado, em seu despacho, foi bastante claro em relação aos piquetes: “São perfeitamente legais o piquete pacífico, o convencimento pacífico dos integrantes da categoria, o uso de aparelhos de som nas vias públicas (ou, pelo menos, o seu uso certamente não fere qualquer direito dos empregadores), o uso de faixas e cartazes”.
Tentativa frustrada na Justiça Cível
Na tentativa desesperada de cercear o direito de greve dos bancários, num evidente desrespeito ao Judiciário, o Bradesco havia movido, antes, ação com o mesmo pedido de concessão liminar de interdito proibitório na Justiça Cível. Como o assunto diz respeito à relação patrão-empregado, a Vara Cível não aceitou o processo, já que a competência para apreciar a matéria é da Justiça do Trabalho.
O interdito proibitório é uma medida judicial usada para garantir a posse de imóveis e terrenos ameaçados de ocupação ou ocupados. Mas os banqueiros a utilizam durante as greves, alegando que a paralisação e as manifestações em frente às agências consistem numa ameaça à posse das mesmas. A tendência da Justiça do Trabalho tem sido a de rejeitar este tipo de artifício.
Alerta contra a má-fé dos bancos
O Bradesco está usando de má-fé, simulando situações na porta das agências, com o intuito de modificar decisões de juízes que já rejeitaram pedido de interdito. Para evitar isto, os bancários devem ficar alertas, afastando-se da agência, e dirigindo-se a outros bancos para ajudar na paralisação.
RIO - O Sindicato dos Bancários do Rio calcula que 70% da categoria aderiu a greve iniciada nesta quinta-feira. Por esses cálculos, haveria cerca de 14.500 trabalhadores de braços cruzados e cerca de 500 agências paralisadas. Ainda, de acordo com o sindicato, a maior adesão à greve foi registrada no Centro e Zona Norte da cidade.
Em São Paulo, as agências bancárias também estão funcionando parcialmente neste primeiro dia de paralisação Segundo o sindicato da categoria, pela manhã, a greve chegou a paralisar 264 locais de trabalho, na capital, Osasco e região. Pelos cálculos da entidade, houve a adesão de 16,1 mil dos 134 mil trabalhadores.
Já em Curitiba e região metropolitana, até o meio-dia desta quinta-feira, 111 agências tinham deixado de funcionar. Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a estimativa é de que 8,7 mil trabalhadores de agências e sedes administrativas tenham aderido à greve.
Os bancários das agências dos bairros Juvevê, Portão, Centro Cívico e da região central da cidade são os mais mobilizados. Todas as agências das cidades de São José dos Pinhais, Pinhais e Piraquara também estão fechadas, informou a entidade.
Os bancários, que têm data-base em setembro, decidiram parar por tempo indeterminado, em assembleia realizada na noite de quarta-feira, rejeitando a contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5%. Eles reivindicam 10% de aumento, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários e um adicional no valor de R$ 3,8 mil. A greve foi aprovada por tempo indeterminado e vale para os bancos públicos e privados.
SÃO PAULO (Reuters) - Assembleias realizadas por bancários em todas as capitais do país e no Distrito Federal na quarta-feira aprovaram a orientação do Comando Nacional de deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira.
Em nota, o Contraf, órgão ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) que representa a categoria, afirmou que o objetivo da decisão é exigir que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma nova proposta que atenda às reivindicações da categoria.
"Os bancários responderam à altura à provocação feita pelos bancos, que querem reduzir a PLR (participação nos lucros e resultados) e não apresentaram propostas que contemplem aumento real, valorização dos pisos salariais, proteção ao emprego e melhores condições de saúde e de trabalho", disse o presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro.
Mais cedo na quarta-feira, os bancários de São Paulo já haviam decidido pela greve, endossando a posição do sindicato, após rejeitarem a proposta de reajuste de 4,5 por cento sobre os salários de 31 de agosto de 2009 apresentada pelos bancos, o que corresponde à inflação acumulada em 12 meses. Os bancários pleiteiam 10 por cento de aumento.
Também há divergências quanto aos prêmios pagos na forma de participação nos lucros e resultados.
Os bancários farão nova assembleia na tarde desta quinta-feira para avaliar o andamento da greve.
Fontes: Reuters, O Globo, Contraf, Bancários Rio





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