EU PROMETO:
Que continuarei a roubar, a matar, a corromper... a ter foro privilegiado e ser impune!O nosso Supremo Tribunal (Ah, o nosso Supremo!) mais uma vez se esqueceu de sua função republicana. Mais uma vez deixou de fazer valer seus altíssimos salários, pagos pela República Brasileira, para que estes defendam o sistema.
Apegados à um distanciamento popular, um sentimento de semi-deuses e a uma interpretação ipsi-literi da letra fria da lei, liberaram os candidatos com “ficha suja” para que estes se candidatem novamente, exerçam sua coação moral, monetária e física nos eleitores, dominem seus currais eleitorais, exerçam a ditadura democrática de um homem só e mantenham sua imunidade.
Em resumo, a decisão significa que aquelas pessoas com dezenas de processos tramitando (durantes anos, por que não décadas), muitas delas com sentenças contrárias em uma das várias instâncias a que podem apelar para a impunidade, e com flagrantes abusos cometidos contra a ordem social e contra o interesse público, seja com desvio de dinheiro, com nepotismo, com abuso de poder, com homicídio, roubo, enfim qualquer sorte de crimes, que estas pessoas estão, pelo Estado Brasileiro livres para representarem o povo, a probidade, a justiça e os desejos do povo.
E pior, isto significa que a justiça lhes garante o direito de se esconderem atrás da imunidade política, do foro privilegiado, para que possam viver em “paz” com seus crimes.
É um ciclo sem fim. O criminoso é eleito, se imuniza da justiça, se fortalece e amplia o poder de seus crimes, aumenta seus currais eleitorais (mantidos com extorções, ameaças e mortes) e garante sua reeleição para mais quatro anos de impunidade, e assim por diante.
E nosso Supremo Tribunal, contrariando a opinião da sociedade civil, das organizações de direitos humanos, dos ilustres intelectuais e juristas brasileiros e do desejo popular ( A quem, em última instância, a Constituição existe para representar), preferiu ignorar o país em que vive, a realidade que contempla, o interesse republicano que representa e permitir que pessoas flagrantemente nocivas à sociedade possam, não só continuar impunes, como comandar os cidadãos de bem.





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