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achei algumas respostas...

Há uns posts, eu questionei o que leva uma pessoa a militar no Movimento Estudantil.

Não sei se é esta a verdade absoluta, nem se esta existe, mas acho que descobri uma resposta parcial.

Eu vejo que o que me impulsionou (na) a militar foi, como digo no caput do blog, minha posição de cidadão irremediavelmente político. Não consigo tirar da minha cabeça que o primordial na política, na boa política, é a educação. Através dela construímos a sociedade do futuro. Isso, e a minha posição de ainda não poder influenciar diretamente na macro política é o que me levou a entrar no ME.

Através do ME, sinto que posso levar minhas idéias, meus valores para o campo prático. Somando a isto pessoas que desejam o mesmo que eu, ou que lutam pelas mesmas coisas (e aí, lembro do Fabio, Letícia, Natanael, Alex, etc,etc) estou de fato, mesmo que no trabalho de formiguinha, mudando a educação.

Esta é minha resposta não empírica à pergunta.

Mas, colocando-me no campo das impressões, do empírico, vejo que nem tudo é este mar de rosas. Minhas idéias são por demais complexas para uma total aplicação delas (sem o uso da força, hehe), e meus meios são por demais parcos para que alguém de mais poder possa implementar o que penso. Meus companheiros também nem sempre têm a mesma ideologia que a minha. O fato de tomarmos as mesmas atitudes na maioria das vezes, não quer dizer que queiramos o mesmo final.

Ora, as circunstâncias da vida nos mostram as verdadeiras intenções, e hoje, pouco mais de 2 semanas após me debulhar em dúvidas, vejo que eu estava sendo por demais etnocentrista, ou ideocentrista ( palavra que provavelmente acabo de criar).

Como disse, meus ideais são os meus ideais. Não posso querer que outros queiram o mesmo que eu. No máximo, posso tentar que façam o mesmo que eu, mesmo que com outras expectativas. Seria isto usá-los? Mas a vida não é esta?

Hoje eu reconsidero o que pensei há pouco, que foi tudo em vão. Não foi. Não, porque eu não preciso que mantenham uma linha de atuação em cima do que pensei. Eu preciso mesmo é que todas as demais formas de pensar dêem errado para que eu possa ter certeza se minha forma era a certa.

Enfim, estou filosófico demais.

Não sinto mais hoje o desapontamento e a frustração de “trabalho em vão”. Se o que fiz foi esquecido, se o que defendi foi abolido, as circunstâncias vindouras provarão se era este o melhor caminho ou não.

E enquanto isto, emprego minhas ideologias em outros campos, como o Centro Acadêmico que ganhei, e o DCE que estou disputando.

Parece-me satisfatório que se faça o que quero, o que penso e o que defendo enquanto eu estou “na parada”, enquanto eu participo. Se depois tudo mudar, não será meu problema. Afinal, tudo é temporal. E mais cedo ou mais tarde, TUDO que fazemos passa.

E o que me impulsiona a militar, é saber que não sei viver sem isto, sou bom nisto e que preciso fazer isto. Se assim contribuo com outros, tanto melhor.

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